A praça

Quem não se lembra da sua terra

Da casa, infância, dos amigos

De algum lugar?

Minha recordação é da praça!

E o amigo vento me arrastou de lá

Hoje ele resolveu me procurar

Trouxe-me de volta

E pude contemplar

A praça que um dia

Fez parte da minha vida

Dos anseios, sonhos

Hoje pude relembrar

Como de um arquivo

Um a um foram retirados, revistos.

Visitando a praça revitalizada

Do ontem pouco restou!

Onde estão as espirradeiras brancas

Rosa, vermelho sangue

Com seu cheiro?

Sua fragrância permanecia perene

Exalando no ar

Entranhado, ainda sinto o seu perfume,

Como se fosse hoje!

Pra que lado foi o hibisco multicor?

Os bancos da praça

Onde apreciávamos

As tardes de domingo chegar

A águia voou pra outro lado

Plantada no centro

Imponente, permanece a matriz.

A saudade de mãos dadas com a lembrança

Aperta o cerco e pergunta

Você mudou?

O tempo muda os círculos, lagos, ruas, retas, curvas

Praças, lugar!

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 02/02/2020
Código do texto: T6856793
Classificação de conteúdo: seguro