SEM RUMO

Sem perceber vejo que ao meu redor passaram décadas

Sem perceber noto que aquilo que tanto desejava se foi

Quimeras adormecidas tentam emergir na superfície

Busco afogá-las, pois, tento fugir dos “museus doentis”

Queria descobrir uma maneira de reviver tudo aquilo que não foi vivido

Queria recordar cada segundo de felicidade

Queria ser livre

Mas, de quê?

Do relógio

Desse maldito que não desiste em atrapalhar meu sono

Desse maldito que a cada segundo produz rugas que antes não existia em minha face cansada

Não sei o que fazer

Oh! Quantas recordações acorrentadas no meu labirinto coração

Preciso de uma BÚSSOLA CELESTIAL que me translade em lugares altos.

Meire Cavalcante
Enviado por Meire Cavalcante em 02/06/2018
Reeditado em 02/06/2018
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