ORIGENS

Que saudade das Minhas Gerais.

Dos rios, dos riachos, dos matos.

De Serranópolis e Porteirinha,

As serras, as minas, os cristais.

Que vontade de subir

No pé de tamarindo,

Que se estendia imenso

Pelo quintal.

E a gente subia, e brincava e ria,

Sem medo de olhar pra trás.

Que saudade do leite quentinho,

Que o meu tio tirava

Manhãzinha no curral.

E agente bebia, fazendo espuma na boca.

Dos biscoitos de minha vó,

O café adoçado com rapadura.

Das festas juninas,

Das rezas, das cantorias.

O milho assado na fogueira,

O santo, a família, a bandeira,

A alegria, a brincadeira.

Que saudade eu tenho

Das Minas Gerais.

Daquele tempo,

Daquela felicidade,

Da infância querida

Que não volta jamais.

Rogemar Santos
Enviado por Rogemar Santos em 16/06/2017
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