ORIGENS
Que saudade das Minhas Gerais.
Dos rios, dos riachos, dos matos.
De Serranópolis e Porteirinha,
As serras, as minas, os cristais.
Que vontade de subir
No pé de tamarindo,
Que se estendia imenso
Pelo quintal.
E a gente subia, e brincava e ria,
Sem medo de olhar pra trás.
Que saudade do leite quentinho,
Que o meu tio tirava
Manhãzinha no curral.
E agente bebia, fazendo espuma na boca.
Dos biscoitos de minha vó,
O café adoçado com rapadura.
Das festas juninas,
Das rezas, das cantorias.
O milho assado na fogueira,
O santo, a família, a bandeira,
A alegria, a brincadeira.
Que saudade eu tenho
Das Minas Gerais.
Daquele tempo,
Daquela felicidade,
Da infância querida
Que não volta jamais.