O Voo da Gaivota

A gaivota se preparou para partir.

Foi-se, voou...

No entanto, se esqueceu que

Ficou.

Ela quis voar rumo às águas do Mar,

E lá construir o seu novo ninho.

Assim, buscou outro caminho...

Voou, a fim de o seu sonho realizar.

A gaivota se foi... Voou, chegou até as águas do mar.

Realizou o seu grande sonho.

Pairou entregando-se ao vento da sua felicidade,

Cantando assim, a sua liberdade.

A gaivota se foi, voou...

Contudo, esqueceu-se que ficou.

Porquanto, o seu canto a beira do lago,

Eternizou.

E mesmo distante, habitando na imensidão do mar,

Do seu amar,

Ainda se pode ouvir a gaivota a cantar...

Com o seu canto que fala e não se cala,

Que ouve e se faz perceber,

Um canto que sorri e a faz sofrer.

Por vezes o brilho do seu olhar cruza o mar,

E de lá, do modesto lago, pode-se contemplar,

Aquele olhar, ora alegre ora triste,

Se expressando, com seus risos e cantos,

Chorando a sua felicidade.

Assim, a gaivota quis partir, preparou-se, voou...

Todavia esqueceu-se que no ninho a beira do lago,

Lugar impossível de não ser lembrado,

O seu canto lá ficou.

Dilo Ormund
Enviado por Dilo Ormund em 04/01/2017
Código do texto: T5871432
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