Quermesse Santo Antonio

Me lembro d'eu pequeno

Pedindo ao Deus menino

Um pouco de proteção,

Eu cantava, fazia graça

Lá no coreto da praça,

Sem muita preocupação.

É bem verdade que de nada eu sabia,

De tudo eu sempre ria,

Tudo era diversão.

O tempo passou...

Me calejei e fiquei forte,

Lutei com a vida,

Enfrentei a morte,

Deixando meus rastros no chão,

Agora compreendi,

Não perdi e nem ganhei

Apenas observei,

Minha vida, esse mundão;

Me lembro e tenho saudade,

Lá eu vivi de verdade,

Mesmo com quase tudo a faltar,

Só o que nunca me faltou,

Foi paciência, esperança e amor,

Que me fizeram recordar

Tudo que meu pai passou

Do seu sofrimento e a dor,

Pra poder me educar,

Mesmo com grandes dificuldades

Meu pai, homem de verdade,

Me ensinou a rezar,

Não me deixando esquecer

Que Deus nos ama pra valer

Que Nele eu posso confiar.

Na quermesse eu aprendi,

Com os conselhos do meu pai,

Tudo que até hoje eu vivi,

sempre me ponho a lembrar,

O pai cuida e vigia,

Terei essa tarefa um dia

De meu filho educar.

Paulo Francisco dos Santos
Enviado por Paulo Francisco dos Santos em 29/06/2016
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