PAINEIRA VELHA



Pelas asas do tempo
Chegam-me velhas lembranças
Cores sabores e doces momentos
Oh... Que saudade da infância!

Aquela paineira valha que me viu crescer
Abrigava-me com a sombra para eu brincar
Exceto  despida de folhas  para florescer
Quando  descansava  para vegetar

Cumprindo o ritual da natureza
Tornava-se fértil e bem nutrida
E como uma linda camponesa
Vestia-se de branco toda florida

Encantava-me ao vê-la tão bela
Em contraste com o infinito
Colorida pelo verde e amarelo
Das asas do bando de periquitos

Vinham eles pousar nela
Indiferentes ao seu instinto animal
Criavam assim uma linda tela
No meu saudoso acochego rural!
 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 29/02/2016
Reeditado em 16/03/2016
Código do texto: T5559363
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.