NOVA VENEZA SC

A nostalgia aprisiona a gôndola

Que singra as águas

Encapeladas

No balanço dos sonhos

A realização das fantasias

Em noite de máscaras

Novos amores

Nova Veneza.

No Brasil

Um pequeno lago

Em

Uma praça

De nobres imigrantes

O silvo dos ventos

Balança levando

Consigo os ais

De saudades no imaginário

Lágrimas jorram no madeiro

Prisioneiro

Em um lago artificial.

O sacrifício

Justifica a memória

Os seus ancestrais

De cultura milenar...

A saudade é universal

Onde quando

Em qualquer lugar!

A doce lembrança

O regozijo,

O sorriso solitário,

O suspiro sem dor.

Os vapores do velho Chico,

Benjamim Guimarães,

Wenceslau Brás

Subindo,

Descendo o rio:

Já não mais existem

Senão na lembrança grafada

Em folhas amareladas

E na voz rouca do ancião.

O seu leito foi degradado

Pela insensatez do predador.

Velho Chico

Suas águas turvas

Já não Refletem mais

As noites de luar.

Tão pouco

Os semblantes brejeiros

De encantadoras musas

A espelhar.

As lágrimas

Claras de sua nascente

Não brotam Mais!

Belo Horizonte, 08/11/2014- Atalir Àvila Souza

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 31/12/2015
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