Chuva Quente

Enquanto todos festejavam a céu aberto

A chuva gelada caía

Por entre a multidão eu a procurava

Sem saber que ela já me via

Nos afastamos das pessoas

Mas nos deixamos notar

Era o meu primeiro beijo na chuva

alguém teria que testemunhar

Um fogo me queimou os dedos

Quando nos dela toquei

Como fornalha ardente eram seus lábios

Mas eu queria me queimar, logo os beijei

As bocas se tocaram, o beijo explodiu

O fogo do prazer nos envolveu

O calor dos nossos corpos nos consumiu

A eternidade em um instante aconteceu

Chorei sem me envergonhar da sua presença

pois eu tinha as gotas da chuva como aliadas

Que escondiam do olhar dela o meu pranto

com as minhas lágrimas se misturavam

Fábio Rocha Borges
Enviado por Fábio Rocha Borges em 02/10/2015
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