AS DOZE BADALADAS

Inspirada na obra do mestre poeta escritor

José Estanislau filho

A maldição do relógio de parede

São tantas as lendas e estórias dramáticas...

Envolvendo essa peça poética.

Magia, fantasia, suspense e terror.

O fato é que de fato o relógio de parede

Marcou o tempo do tempo de muitas gerações.

Eu também tenho lembranças!

Do relógio de parede que adornava

As paredes do velho casarão de minha infância.

Acho que herança de família...

Trazido de Portugal por meu bisavô.

Naquela época não tínhamos televisão...

Apenas alguns livros de Agtha Chistie e Allan Poe

Contos de fantasia, romances livros de minha tia.

No criado mudo na cabeceira da cama.

E o relógio de parede inspirando minha imaginação.

Não era suntuoso como o relógio que ataviava

Uma das alas do palácio da máscara da morte escarlate.

Seus pêndulos não eram de oiro...

Nem a caixa de madeira era de Ébano.

Mas quando as doze badaladas notivagas soavam!

Fantasmas no casarão velho dançavam.

Cinderela perdia seus encantos...

Eu voltava das constelações estrelares

Acordada corria por um corredor sombrio

Até abrir a porta do quarto de meus pais.