Voos Serranos

Os anos distantes encerram os prados altos,

mas não o tempo de meus voos serranos,

donde se descortinava o céu em largo horizonte,

cujas terras das rudezas à retidão, sobrevoava,

nas alturas macias que os pássaros alcançam.

Prostrado no alto mirante, e as férteis baixadas,

da-pedra-abissal-qual-sobre-à-tarde-se-agiganta

– frugal –, desligo-me total do cotidiano espúrio,

acalmo na distração do o Sol poente que se deita

fronte aos olhos que na imensidão se amansam.

Eis o que outrora pousa em mim e descamba,

atroz ao peito agônico, e a arder em flamas,

sucumbem a perda de um feliz passado, porém,

em paz se despede e na memória descansam,

meus voos serranos que a nada se equiparam

à plenitude simbolista qu'eu vivi na infância.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 29/09/2014
Reeditado em 14/07/2015
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