Voos Serranos
Os anos distantes encerram os prados altos,
mas não o tempo de meus voos serranos,
donde se descortinava o céu em largo horizonte,
cujas terras das rudezas à retidão, sobrevoava,
nas alturas macias que os pássaros alcançam.
Prostrado no alto mirante, e as férteis baixadas,
da-pedra-abissal-qual-sobre-à-tarde-se-agiganta
– frugal –, desligo-me total do cotidiano espúrio,
acalmo na distração do o Sol poente que se deita
fronte aos olhos que na imensidão se amansam.
Eis o que outrora pousa em mim e descamba,
atroz ao peito agônico, e a arder em flamas,
sucumbem a perda de um feliz passado, porém,
em paz se despede e na memória descansam,
meus voos serranos que a nada se equiparam
à plenitude simbolista qu'eu vivi na infância.