NÉVOAS DE AGOSTO;

NÉVOAS DE AGOSTO:

O frio intenso, o vento gelado que vinha do sul,

Levavam as folhas mortas, pelas alamedas vazias,

As calçadas molhadas, poucos passantes,

Naquele entardecer, melancólico,

Trazia lembranças,

Ainda lembrava do rosto de Vanda,

A fitar-me de sua janela,

Do sobrado em frente,

Naquela rua da minha meninice,

Rua alegre dos dias frios e ensolarados,

Onde na calçada brincávamos inocentemente,

Éramos um bando de crianças felizes,

A correr, a gritar em divertidas algazarras infantis,

Doces tempos, ternas recordações,

Hoje o frio intenso do mês de agosto,

Fere não só o corpo cansado,

Mas a alma,

A saudade bate forte,

Aquele rosto que fitava por entre as névoas,

Foi-se, partiu num dia qualquer,

Levando consigo minhas esperanças e sonhos,

Minha primeira desilusão,

Vanda, a menina da janela em frente,

Meu primeiro amor,

Meu inalcançável amor,

De menino,

Desvaneceu-se,

Assim como as névoas de agosto,

Valmirolino.

valmirolino
Enviado por valmirolino em 02/08/2013
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