Madrugada

Na madrugada te vejo no escuro, sinto-te, lhe escuto. Imagino que te seguro, sinto teu cheiro por um segundo. A noite é silenciosa,mas sua fala graciosa vem junto ao som do vento, indo embora ao passar do tempo. Deixas o que há de bom, a brisa do inverno, o céu azul do verão. Na noite te vaz, assim, quieta, as folhas que batem em minha janela, a ave tão bela. Um pouco de ti me resta, mesmo que tenha acabado a festa ainda seguro tua mão, coloco-a sobre o meu coração. Mostro-lhe como é bom estar contigo, logo vês que é bom estar comigo. O sono me vem aos poucos, na rua ouço alguns loucos. Agarro o travesseiro, sinto o que resta do seu cheiro. Imagino-me adormecido ao teu peito. Fecho os olhos e durmo, satisfeito.

João Paulo Tasca
Enviado por João Paulo Tasca em 15/01/2013
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