Fui fazer uma arrumação.
Fui tirando tudo do armário.
De repente fixo atenção...
Paro num livro solitário.
Fui tirando tudo do armário
Retirando o que não servia
Paro num livro solitário;
Descubro minha arqueologia.
Retirando o que não servia
Com um pano tiro a poeira...
Descubro minha arqueologia.
Sentei-me na espreguiçadeira.
Com um pano tiro a poeira
Fiquei lembrando a minha vida;
Sentei-me na espreguiçadeira
À lembrança vem a avenida...
Fiquei lembrando a minha vida
Tudo me foi tão importante...
À lembrança vem a avenida...
Desde a mais insignificante;
Tudo me foi tão importante.
E o choro não pude evitar.
Desde a mais insignificante,
Ajudou-me a cambalhotar!
E o choro não pude evitar,
Veio em cântaros de ouro puro
Lágrimas pra comemorar
O que foi meu porto seguro.
Veio em cântaros de ouro puro
Lembranças, as mais esquecidas,
O que foi meu porto seguro...
Mesmo a que ficou pela avenida.
Lembranças, as mais esquecidas,
Guardadas com carinho no álbum
Mesmo a que ficou pela avenida
Em tudo há um anjo comum.
Guardadas com carinho no álbum
As fotografias revelam
Em tudo há um anjo comum
Que com sopro nos abençoaram.
As fotografias revelam
Como foi toda essa passagem
Que com sopro nos abençoam.
Foram vivências, garimpagem.
Como foi toda essa passagem
De aprendizagem na avenida;
Foram vivências, garimpagem
Pelo som do amor aquecida.
De aprendizagem na avenida
Em fotografias gravadas
Pelo som do amor aquecida.
Nas fotos bem amareladas
Em fotografias gravadas
Várias vidas envelhecidas
Nas fotos bem amareladas
Das maldades estão despidas...
Várias vidas envelhecidas
Nesse álbum de fotografias
São hoje muito agradecidas;
Das maldades estão despidas...
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Álbum de Fotografias
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