MATERNA SAUDADE

Um certo Verão quente tão distante

na fresca sombra de uma ameixoeira

eu tão feliz por estar à tua beira

tu sorrindo p’ ra mim eterna amante.

Comias daqueles frutos qu’ adiante

te pusera o teu filho à maneira

tão doirados com’ a tua cabeleira

qu’ eu sorrindo amaciava delirante.

O mundo éramos nós, apenas nós,

tu, contando as estórias dos avós,

e eu p’ ra ti olhando enternecido…

Minha querida mãe na Eternidade,

onde moras bem junto da Saudade,

não me deixes jamais desprotegido!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/06/2009
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