Bela Adormecida em prosa
Era uma vez, há muito, muito tempo.
Um jovem casal real bem infeliz
Desejavam eles sobretudo na vida
Ter o fruto desta união, ora decaída.
Sonhava o casal, noite e dia.
E cada dia ficava mais triste
E a sorte não lhe sorria
E no castelo reinava a melancolia.
Numa quente e bela tarde de verão
A rainha foi ao riacho se refrescar.
E da água fresca do rio pulou
Uma rãzinha que era bem familiar.
Falou direto para a bela rainha
Que não ficasse assim tão triste
E de esperança encheu a nobreza
Que logo chegaria uma princesa.
E assim nasceu no castelo real
Uma linda princesinha.
Que recebeu o nome de Aurora
A pequena e bela menininha.
Muitas festas prometidas
Para o batizado da princesinha
Todo o povo foi convidado
E mais as doze fadinhas
No dia da grande festa
As fadinhas foram chegando
E todas bendizendo a princesa
E aos pais muito alegrando.
Uma inesperada e má fadinha
Que não fora convidada
Chegou e foi logo amaldiçoando
E a pequena Aurora foi negando.
Faltava, porém uma fadinha.
Para dar seu presente a Aurora
Disse não poder anular com a varinha
Mas alterar a praga da má fadinha.
O tempo implacável seguiu seu curso
E quinze anos se passaram
A maldição praguejada da má fadinha
Que ameaçava Aurora se cumpria.
A bela princesa se feriu
E por longos cem anos dormiu
Igualmente o castelo sucumbiu
E o silencio a todos conduziu.
Num caloroso e belo dia de sol
Um bonito e bravo príncipe chegou
Destemido adentrou o palácio
Até que a jovem Aurora encontrou.
Inclinou-se e seu lábio beijou
E a bela princesa acordou
Dos longos cem anos que dormiu
E por ele logo se apaixonou
O jovem príncipe enamorado
Não tardou sua mão pedir
E casaram-se apaixonados
E felizes viveram, muito amados.