JOGO DE BOLA

Nas manhãs domingueiras,

de minha terra hospitaleira,

toda a criançada jogava bola.

Era um jogador para cada lado,

no campinho esburacado,

o sol queimava na cachola.

Como se fosse um formigueiro

todos corriam o campo inteiro,

atrás da bola formava um batalhão.

Quando alguém tropeçava

a confusão aumentava

com tantos corpos caídos no chão,

Era só um tremendo alarido,

cada moleque tinha seu apelido:

Pé de Boi, Sabugo,

Cabeça de Balaio, Cidola...

A partida durava o dia inteiro,

todos eram atacantes,

ninguém era o goleiro.

O pior é que faltava espaço

para a danada da bola.

gilbapoeta
Enviado por gilbapoeta em 22/02/2012
Reeditado em 11/02/2014
Código do texto: T3513093
Classificação de conteúdo: seguro