Servo sofredor

 
Quem vai dividir esta dor comigo?
Quem vai ser o cirineu amigo?
Quem vai enxugar meu rosto?
E quando eu cair quem vai me levantar
Quando o peso da cruz me derrubar?
 
A minha dor não sofri sozinho
Minha mãe sempre ao meu lado
E também meu discípulo amado
Ainda alguns me acompanharam
E da minha dor compartilharam
Mesmo que a imensa maioria
Por medo me abandonaram.
 
Um alto preço paguei
Para que todos alcançassem a liberdade
Ali me despi da divindade
Fui um homem que sofreu
Todo ápice da maldade
Que impera no coração da humanidade.
 
Faria tudo de novo
Por amor a este ingrato povo
Que não tem culpa da sua maldade
Pois, o joio por inveja foi lançado
Pelo inimigo de Deus; o covarde
Autor e principio da mentira
Mas, que na minha morte
Mesmo tendo sido sofrida
Expondo-me intensas feridas
Na cruz ele foi vencido.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 06/04/2012
Reeditado em 06/04/2012
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