Krishna

Aquele menininho, como pode ser tão lindo?

Olhando as frutas em amostra na vendinha

Tomado por um desejo verdadeiro e infindo

O que se passava em sua cabecinha?

Eram tâmaras, morangos e amoras logo adiante

Laranjas, maçãs, e a framboesa? Parecia tão docinha

Os olhos do menininho cor de Lótus, brilhantes

Desejava aquelas frutas como uma súplica do seu querer

Aqueles olhinhos brilhavam como o mais belo diamante

Três anos apenas, inocente do comprar e do vender

Lembrou-se da mãe que fazia trocas de frutas com sementes

Pegou um cadim de semente na mão e começou correr

Uma mãozinha tão delicada, o corpo mais lento que a mente

Corria desajeitado deixando as sementes cair no chão

Chegou até a vendedora, olhando-a, parou na sua frente

Chegou feliz e para a vendedora abriu aquela delicada mão

Já não tinham quase nenhum dos grãos que trazia

Ela comovida, achando-o lindo, catou grão por grão

Nunca vira um menino lindo assim, o olhar dele reluzia

Sentiu um amor tão profundo, uma inocência tão bela

Acabou dando as frutas que o menininho tanto queria

Viu o menino correndo feliz com as frutas pela cidadela

Até vê-lo sumir da paisagem onde os olhos alcançavam

Quando voltou a si e viu sua vendinha para a surpresa dela:

No lugar das frutas doadas - joias raras a venda enfeitavam.

25/08/2016

Luan dos Santos
Enviado por Luan dos Santos em 15/10/2016
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