Poema de um Morto

Sob a árvore frondosa

O vestido quase rosa

Descansa ela molemente

O grande arder da minha mente

E visto que não cabe mais a rima

Devido ao tamanho da minha estima

Declaro aqui de peito aberto

O meu querer antes encoberto

Por essa moçoila distraída

O grande amor da minha vida

Queria eu ser esse sombreado

Para não te estar mais alado

Mas sim nas tuas cantigas

De minhas saudades infinitas

E levo triste esse meu pensar

De contigo ainda não poder estar

Na luz escura do céu à meia

Da noite inculta que me incendeia

Carrego triste esse retrato

Do amor infindo que não mais trato

Lamento seria a minha vida

Se não a pudesse ter tão querida

Contudo tenho a minha sorte

De poder assisti-la do além-morte

Camila de Almeida
Enviado por Camila de Almeida em 19/07/2015
Código do texto: T5316493
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.