A bobagem da reciclagem virou matéria obrigatória
Somos o produto de uma série
de outras tantas existências,
mas não o sumo final da providência,
pois afinal,
também somos nessa vida,
o fruto de muitas influências,
como na confluência de alguns riachos,
que vão ao encontro do mar,
mas se descuidados,
poderão se poluir e se degradar
e até o velho preconceito ou aquela dor no peito,
pode ser o troco de um pagamento
que alguém voltou para buscar.
Somos aquilo que somos,
mas não somos nós quem nos formamos,
não nos damos os seios,
não nos damos a chupeta,
nascemos meio que pernetas
e também não somos nós
quem nos ensinamos a caminhar.
Voltamos e voltaremos para nos aprimorar,
mas tudo isso é uma questão de crença.
Eu nunca ouvi nada, nunca vi nada,
mas alguém certamente mostrou ao peixe
a sua necessidade de nadar.
O tomate virou salada no almoço
e esse moço, tenho a impressão,
que já vi em algum lugar.
Do abacate foi feito a vitamina
e depois que a menina enterrou o seu caroço,
olha que lindo abacateiro brotou.
Não há como afirmar que Deus seja judeu,
mas todos sabemos, que naquele cruel episódio,
não foi o mal quem venceu.
Quem sabe eu tenha sido um guerreiro cheyenne,
covardemente assassinado pelo general Custer,
por nada e em suas próprias terras.
Deve haver alguma razão,
para tamanha admiração por aquelas nações indígenas,
indigentes hoje, como conta a história,
mas que já tiveram seu tempo de glória.
Eu creio nisso
e você, crê no quê?