POESIA PARA UMA PEDRA (EC)
Silencioso segue o séquito
Na manhã chuvosa e tristonha
Entre os labirintos dos túmulos
Adormecem flores, pedras e lembranças
A pequena multidão cessa a caminhada
A hora derradeira é chegada
Tempo de orar pela partida
Os últimos laços de adeus
Ante o jazigo funesto e cinza
Uma cruz encravada no alto
Súplicas pelas bençãos de Deus
Flores incolores adormecidas
entre velas derretidas
luzes bruxuleantes
sombras aterrorizontes
Ao derredor lamúrias e lágrimas
No canto fúnebre a hora sombria
de derradeira despedida
Para sempre se foi uma vida.
Rezas em forma de poesia
Diante da branca lápide fria
A Poesia para uma pedra.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Poesia para uma Pedra
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