Velha Pobre, Praia Verde

Almeirim, 31 de agosto de 2012

Estou deitado,

E a Velha Pobre

Me observa,

Medita,

Conclui

Que na metade da vida

Eu tenho ainda escondidas

A fé, a esperança e a crença

Que as feridas encerram

Uma maré e começam

Uma bela Praia Verde

Pequena em mil

Praia Verde

Pequena em mil

Extensões

Como olhando longe

Mil horizontes

Você me entende?

Eu falo de mil

Praias Verdes

O Amazonas,

Empurra a gente

Para encontro

Tímido

À pedra

A Velha Pobre segura

Mesmo que cause fissura

Pra parar, olhar e sentir

Que a agonia dos dias

Aqui nunca eu sentiria

No vento da praia verde

Pequena e infinita

Praia Verde

Pequena e infinita

Impressões

Como nascer sempre e sempre

No merecer

Você me entende?

Eu falo de infinitas

Praia Verdes

Praias

Verdes