A desdenhar parâmetros.

 

Quando a saudade te for tortura,
Os teus dias de amargura,
E a te rodear, remorsos medonhos…
Se tal dor tamanha, em ti, perdura, 
E te afasta da iminente cura, 
E torna pesadelo teus lívidos sonhos…

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Quando tudo te levar à loucura, 
E as manhãs se fizerem às escuras,
Pelas fronhas umedecidas em  prantos..,
Quando ruir a tua rígida estrutura, 
Por conta de uma ínfima fissura, 
Será tardio teu súbito espanto…

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Quando faltar-te a doçura, 
E no teu agir compostura,
Ao pensares em mim,
Haja com toda a lisura,
Água mole em pedra dura,
Também seca e chega ao fim…

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Quando o amor, teu coração segura,
Um corte raso, a sangria, não atura,
Tão dorida a força desses vazamentos!!!
E se por mim, teu coração procura, 
O meu ser, por ti, tornado agrura,
Lança teus dias às altas quedas dos tormentos…

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