Migalhas de pão

Eu tenho pena do meu coração,

ele não sabe morrer calado,

e mesmo que fraco e cansado,

pulsa pra toda e qualquer afeição.

Migalhas,

é como seguir

as migalhas de pão.

Meu coração avança,

e se não existe,

cria a esperança,

versa e aversa

qualquer solidão.

Batalhas,

por mais que ele perca,

se ergue do chão.

Sorri sem graça ao toque,

sem jeito e discreto,

mas sempre aberto,

disritimar, não quer, não pode.

Ensaia,

vive em um mundo

de pura ilusão.

E assim vai seguindo,

encantos, enlaces,

sorrisos, olhares,

sempre perdido.

Migalhas,

segue igual bobo

as migalhas de pão.