Até quando?

Até quando serei prisioneiro de mim mesmo

vivendo sob o olhar inquisidor do carcereiro,

esquecido na fria solitária

ouvindo os ecos de meus fracassos?

Nos banhos de sol

sou açoitado pelas nuvens,

como capatazes dedicadas

me resumem a um eclipse

Nem o desespero me dá forças

pra gritar do peito a apatia,

tampouco as lágrimas renovam

os sentimentos adormecidos

Quando nem o fim assusta mais

do que esse looping do devir,

que futuro esperar

de um horizonte desértico?