O cansaço do amanhã

Noite sombria.

Olhos pesados de sono,

Olhos marcados de choro.

A vida me pregou uma peça.

Uma daquelas em que a gente despenca,

Rola as escadas abaixo e se perde no fim.

Os novos desafios

Indecisos como os anteriores

Arrancam de mim toda a esperança.

Eu já não tinha tantas antes,

Mas não esperava perde-las de fato.

Não esperava o peso

Não esperava mais lágrimas,

E nem as marcas criadas.

Não esperava pelo cansaço criado.

Há um desabafo a se fazer.

Há mais lágrimas a derramar.

Mas não mais energia para lidar.

Pois a noite está sombria demais.

E sem espaço para palavras.

E nem a luz para me confortar.