Vão em Vão

...

É um poema quase pronto

Esse que trago no peito

Fumaça vagueante no campo

Meio triste, mais para sem jeito.

Pena não poder esparramar no leito

A mágoa dura e tênue

Quase freio, mais relâmpago

Insistente e latente

Desse poema muito tonto

Com século de defeitos,

Em Raros segundos transparente.

Ah... esse poema que não nasce

E deforma a mente,

Desnuda o autor

Rendido pela dor

muda de não falar

Enquanto grita e grita

Enrubesce o pensamento

Nada muda, nada muda

Nesse mundo onde nada dizer

É o melhor argumento.

Olisomar Pires
Enviado por Olisomar Pires em 18/08/2020
Reeditado em 01/11/2020
Código do texto: T7038707
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