Lágrimas de Vagabundo
Que valor tenho eu
Se de tudo são minhas lágrimas
Menos do suor do labor
Que da pungência da dor?
Que valor tenho eu
Se sob o sol da manhã repouso
Aquecendo a face de gosto
Enquanto aquece do outro o esforço?
É devida a pena sentida
A compaixão dividida e sofrida
Por quem não sai labutar?
Mas é sim dor o gemido
Nem malandro ou fingido
Pois ainda é gente homem sem trabalhar