Lágrimas de um rio

Seus filetes de água

Deixam a sua correnteza

Tal qual pingos de sangue

De uma filha perdida

Junto com suas cores

Mais que celestiais

Escapam todas as gotas de vida

Que tinham como abrigo

Seu transparente plasma

Os gritos de vento

As orquestras orgânicas

As arquiteturas naturais

Os perfumes da terra

Os verdes bem - nascidos

Todos eles desapareceram

Varridos como uma praga

Nasce do meu desejo

Tirar de minha composição

Toda a vitalidade necessária

Ao seu celebrado bem estar

Porém minha cor

Manchada pelo cinza e pela fumaça

Não seria capaz de salvá - la

Sem contaminá - la e torná - la

Uma estranha sem vida

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 20/07/2018
Código do texto: T6395713
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