Morri...
 

Morri e não há mais volta
as folhas estão ressequidas
cessou-se os risos e os prantos
as liquidas lágrimas evaporaram
ao nada se perderam
 
e o verão se foi pra outra pousada
com ele os pássaros, as borboletas,
o arco íris, o riso e a esperança
(apagou-se a bonita paisagem)
e agora tudo é inverno:
 
É noite gélida de ventos cortantes
sem fogueira para os pés acalentar
sobejou apenas cinzas densas nos céus
sem brisas, sem expectativas, sem olhares
sem deuses, sem amores, sem saudade
 
deixei-me livre de todas as gentes
e agora o espelho do âmago afugentado
reflete a opacidade do coração
sem batimentos...
sem vontade. Ser inerte.
 
aqui os olhares se perdem a ausência
não enxergam o bonito ou medonho
é tudo em nada e nada é tudo...
morri e a minha alma agora caminha
para onde não sei, ela caminha cega...
 
e vou me dissolvendo ao universo,
fragmentando do espírito:
decepções, memórias das saudades,
dos amores, das paixões. Nostalgia!
Dissolvo-me em nada.
 
Morri e não há volta!
Eliezer Teodoro
Enviado por Eliezer Teodoro em 08/07/2018
Reeditado em 08/07/2018
Código do texto: T6384582
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