A cor da dor

Versos sem a cor da rima de uma flor

Versos sujos de metáforas podres

Rimas perdidas nas cinzas do amor

Sonhos leves sequestrados

Por um antigo sonhador

Que outrora também se desencantou

Sonhos puros incendiados

Sem qualquer pudor

Sem qualquer temor

E, em meio às chamas,

Ninguém os resgatou.

E agora? Aonde vou, se perdi a mim?

Sou verso livre, senhorita

Sou "Claro Enigma" dessa vida.

O pulso se desfaz e jorra em plena aurora

Uma gota cristalina desliza

Baila muda e indecisa

E o rosto se faz mar

O fôlego se esvai aos poucos...

E a hora? E o tempo? E o ontem?

Não importa mais.

Alguém chora?

- Liberdade, vai! Estou indo logo atrás.

Isis do Vale
Enviado por Isis do Vale em 18/12/2017
Reeditado em 04/02/2022
Código do texto: T6202016
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