Fim...

Eram as manhãs de Outono e seus tons de marrom,

e as folhas secas em vermelho vivo, em chamas.

Essa era a última chance de voltar ao céu,

sem mais este pecado.

Aquilo era abrir mão,

e entender o corpo cansado,

a mente perdida,

e a alma vencida.

Enterrar no passado os vestígioa

das ilusões de outrora

e abrir caminho para novos passantes.

Vagantes que nunca existiram,

deixavam ao chão as asas, agora, feridas.

Almas que jamais se pertenceram

e traziam a tona o silêncio tomado por correto.

Um lampejo,

feito eco fraco de memória,

que se apagava no vento.

Promessa frívola aos olhos da morte

que no peito sabia - se ser para o "bem maior".

A felicidade jazia velada,

descendo inerte a triste sepultura.

Enquanto a canção soava dramática,

optando pela servidão de temida senhora, a Vida.

O fim se achegava com mansidão,

as vistas do caloroso Verão.

O fim se aproximava e de dois corpos intactos ao tempo,

calava a última oração...

L Orleander
Enviado por L Orleander em 06/11/2017
Código do texto: T6163629
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