Ledice

Procuro por debaixo dos lençóis desarranjados. Procuro ao despertar-me, encarando massas tão vazias. Presenças miúdas. Palavras solúveis. Afeições abatidas.

Você me vêm tão casualmente quanto desvanece. Sinto-te tão próxima quanto a pele sobre minha carcaça, mas tão improvável quanto refugiar-se do luar.

Quanto tempo ainda me resta para encontrar-te?

Em meio ao céu azul e infinito, flutuo.

Embaralhando-me como peças de um quebra-cabeça surrado e esquecido. Esperando pela união de todas as peças perdidas, na esperança de finalmente encontrar-te.

Mas, por Deus.

Quanto tempo ainda me resta?

Pinci
Enviado por Pinci em 11/10/2017
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