Máxima Liliane

Fim nossa noite acabou

como um copo de mágoas

que bebe-se de um só trago

no frio desamor sem afago

O afeto convertido em sorvete

doce, gelado,derretendo,

Escorrendo entre meus dedos magros

Os mesmos vivos olhos

Que vibravam, agora vertem

Lágrimas de tristeza e sentimentos mistos

O que é isso?

Pergunto me:

Resisto. Tento, invento formas

Para não reconhecer o amor defunto

Um forte abraço, disfarço

Desfaço o laço de afeição

Dizendo ser o amor uma

prisão que não existiu

Mas consumiu e me cortou.

Brilha os olhos vermelhos

O sangue não sai

enquanto a lágrima cai

Escorre pela garganta lentamente

Deixando o gosto da dor ainda quente

por todo o corpo

Estomago, fígado, coração e pulmão

Todo o meu ser é solidão

E o sentimento que um dia, lágrimas secaram

Fazem com que sigam e transforme em tormento

Fim.

O amor acaba assim, como a taça de mágoas que ela provou

Da garrafa de pesares que ele quebrou e brindou com a solidão.

E o Adeus torna-se o Fim...

Lauro Camilo
Enviado por Lauro Camilo em 01/09/2017
Código do texto: T6101040
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