poema

o poema se dá entre a garganta e o inferno,

lateja, machuca, fura, esmaga o que era

familiar, é um parto de um estranho tempo,

tem poema que traz um gole do apocalipse, que já

mata antes de nascer, que ja fere antes

de ser, é o poema que ninguém quer ler,

filho do tédio e da infelicidade, poema

que não foi gestado, mas colapsado nos

confins das eras, poema bruto, escuro,

sem asas, ou lirismos colegiais, poema soturno

filho de saturno, pústula que explode em

face de mundo, poema que nada esconde,

o contrario, revela o furto dos homens

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 12/06/2017
Código do texto: T6025611
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