Um convite a tua morte

Um convite

Um sorriso

Eu estava de janelas abertas

Para te encontrar novamente

Nossas almas cruzariam os céus

Viveríamos todas as linhas

Tortas e suaves

Cheias de ricas entrelinhas

Olho para baixo

Encontro o teu rosto vazio

Olho para cima

Vejo uma tempestade forte

Precisei fechar todos os espaços

Naquele momento, eu vi não queria mais

Nem o eco da tua voz me chamando soava

As águas eram muito forte

Meu jardim foi ficando morrendo

As tuas rosas perderam as pétalas

Não fazias mais questão de estar ali

Eu sabia que tinha te perdido

Fiquei isolado dentro de um quarto

Tudo batia bem forte em mim

Até um dia, ríamos do sol que nos queimava

E no outro vivíamos a forte tempestade

Eu tento crer que não estás morto

Mas não sentir o teu sorriso

É estar no teu caixão

Te enterrando

Eu me silenciei...

...e tu desapareceste

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 30/03/2017
Código do texto: T5956479
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