Queixas

Feridas do coração...

Mentiras de grande calibre em seu olhar,

Multidão de estrelas de pardo amor...

Calibrando o teu silêncio à mercê de seus sentidos, paixão incomum... Nua a sombra desse misterioso esquecimento...

Carícias Proibidas após o Pôr do sol das tuas pupilas,

Sentimentos passageiros que os teus pés tocam

Em fogo por caminhos sem destinos...

Múltiplas cores são a vergonha da tua paixão à vista dos teus olhos,

O arco-iris da tua traição.

Nada sabia eu de queixas,

Até que o pulso acelerou o bater do coração

E a cantar sobre os sentidos feridos,

Tornando uma triste pena a voar solitário...

Tocando fundo, veio um suspiro feito queixa da alma.

Se a noite é jovem, porquê esconde melodias?

Doem os pés! E descalços sobre a noite

Que viste luminares de cores pardas.

Quem me viu nascer, e a sorte me fez como estrela fugas sem rumo. Senti o calor do teu ventre quando ali crescia,

Foram longas as horas,

Ainda não encontrei repouso sobre a memória vivida.

A inocência talhastes em enxofre no voo dos teus desejos.

Que vestistes de terra a pureza de um filho,

Com ardio pensamento.

Pobre de mim por ter me gerado a semente da maldade.

Há de mim! Há de mim, dói a queixa até a alma.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 30/11/2016
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