FINIS EST AMOR.
Havia plumas espalhadas pelo teu sorriso,
A luz do sol cheirava a cicio de cigarras.
Não havia mulher mais linda – o céu em festa! –
Do que tu na crueza cartesiana do meu pensamento.
Tua casa era de floresta perpassada de ventania
Pronta para adornar tua presença – eu era rei –
Não havia mulher mais linda e mais amada
Do que tu na confraria enigmática do meu ser.
Mas tu deste teu coração a um ente vagabundo,
Um valdevinos, querubim, lúcifer, anjo decaído...
E a geometria espacial em volta dos meus olhos
Desnudou-se da beleza espectral da realidade.
Meu reino ruiu; não havia mais riso, tampouco,
Um coração. Era apenas pedra gelada, enegrecida
Não havia para mim mulher mais fria e mais distante
Do que tu na minha tristeza amarga e dolorida...