AMOR, INGRATO AMOR.

Eu sempre preferi acreditar que as lagrimas que brotaram dos seus olhos

Eram oriundas da felicidade que o meu sorriso lentamente esboçava.

E que os motivos que me traziam tal felicidade,

Jamais seriam menos do que o que a mim desejava.

E nunca havia percebido que apenas quando estava eu triste,

É que um lindo sorriso de teus lábios brotava.

Amor, ingrato amor!

Come das minhas migalhas, alimentando-se da minha dor.

Revira meu lixo, sonda a minha vida,

Unhas cravadas em seu próprio peito,

Tornando-lhe inda maior o tamanho da ferida.

Segue-me, tenta ser a minha sombra,

Arrasta-se feito lesma,

Perde-se em seus próprios pesadelos,

Pois amas-me bem mais que a si mesma.

Amor, ingrato amor,

Fere-se a si mesma,

Só pra me contar de sua dor.

Josegomes
Enviado por Josegomes em 07/11/2016
Código do texto: T5815800
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