SILÊNCIO
Minha alma tinha asas, tinha o mar,
Tinha o sussurro da brisa, a suavidade,
A destreza, a certeza do verbo alcançar,
A intimidade com a divina liberdade.
Minha alma tinha mil e uma utopias,
O encanto, a doce loucura,
A textura, a cura para a rotina dos dias.
Minha alma tinha a canção da alvorada,
O fulgor - tinha um grande amor, era amada.
Pobre alma! silenciada, sem amor, sem nada, clausura.
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MOTIVO
Minha alma anda a procurar a tua,
pra poderem gozar juntas a liberdade,
despidas de acessórios, as quero nuas,
sei que tu entendes minha vontade.
Sonho errante que assoma noite e dia,
eu não sei explicar qual o motivo,
sonho a mais que se junta à poesia.
Poesia que sinto em mim pulsante,
vai comigo não se afasta um instante.
Talvez seja a razão porque eu vivo.
HLuna