Ilusão

Se houver

Inferno desse céu

Seco nesse mar

É lá que eu quero estar

Liberdade não

Liberdade minha prisão

Labirinto, labirinto

Sonho sem saída

Memória sempre esquecida

E então...

E então....

A morte bate a porta, meu irmão

É tudo medo

Sobriedade na bebida

Ferrugem na corrente

Poeta preso na própria poesia

Dormindo de dia

Chorando de noite

Açoite! Açoite!

Pensamento indecente

A leitura cansa

O vício engrandece

Mas é tudo ilusão

Ele sabe

Perdão, perdão

O refrão do impotente

Eternamente arrependido

Por um erro subconsciente

Muita merda

Quebre a perna

Artista desconhecido

Agitador de multidões imaginárias

Sonha acordado

Trabalha dormindo

Isolado voluntário

Trancado no quarto

Quer engolir a chave?