O horizonte o qual vislumbro

O horizonte o qual vislumbro com veneração

Apagou-se de súbito, entre as brumas e tempestades

Ao cobrirem de cinzas, meus olhos fatigados pela agonia

Devaneios os tenho muito, pois são fruto da monotonia

Há algum tempo, assim se traduz minha vida

Cujos dias passam à anos-luz da inteligência

A qual tento dar vasão, a fim de, verter talvez

Essa vexatória e protestante realidade

Ao deixar-me ferida a dignidade

Uma paisagem mortífera incide sombria

Sobre meus olhos a lacrimejar

Quase fechados pelo receio de encarar

O desdém veraz do próximo

Sou o filho à margem da valorização, meu sinônimo é aberração

Com o lamento ignorado, sou a mácula dessa geração!

Um jovem incompreendido e silenciado

Para muitos, uma era que já se findou na escuridão

Os com quem convivi, não desmintam minha luta

Saibam que empunhei a mais pesada arma da sobrevivência

Com impavidez caminhei de cabeça erguida,ao destino sonhado

Eu jurei que antes da partida

Ainda ajudaria a perpetuar a família

Através do amor, manteria suas raízes mais profundas: vivas

Mesmo ao pisar muitas vezes em infindáveis espinhos

A dor que sentia, ignorei-a como de praxe sempre fiz

Eu chorei sim, mas como sofrimento aprendi

A ser alguém forte doravante

A usar meu jeito problemático e inconstante

em prol da busca pela sabedoria incessante

Por isso não me levante falso testemunho

Pois é pequeno o mundo, pense agora!

O jogo da vida gira em roda moinho enfim

Um dia quem sabe, você precisará de mim

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 10/12/2015
Código do texto: T5476305
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