Noutrora vim te amar
Me removo do meu lugar,
Proespero ao gritar,
O teu veio à minha cabeça,
Num cortejo sem tilintar,
O sobrevoo da história,
De um amor impossível,
De uma nascente irreceptível,
Da qual me formo no possível
De uma loucura irreconhecível
No doce talento amargo,
Sino na sina do momento,
Caminhando perto do lago,
Me afogo nas memórias ao teu lado
Rude ao ser cerrado,
Coração berrante torturado,
Algemas e tendo sangrado,
Caminho despedaçado
Lava, não lava, fogo na magma
Descalço, perdido na lágrima,
De um convés de fogo sem estima
A tristeza corroe a minha sina
Sem luz, reluz, polui e conduz,
Algo que reduz, sem nuruz, e induz
Uma cruz, sem alcatruz, sigo sem alçuz
Caminho torto e lapuz, deduz, sem luz
Um coração despedaçado,
Seu amor não me aquece mais
Faminto e sem lar, alçado
Vou até aquele lugar
Que noutrora, vim te amar