AGONIA
Triste porto de mar,
Triste eu, a divagar,
A lançar palavras ao vento,
Solitário comportamento,
Triste vento que se arrasta,
Com o peso das minhas expressões,
Triste correnteza,
Triste estado, que me gasta,
Corta as asas, limita as ações,
Triste grito que sai da garganta,
Quanto mais eu grito,
Mais a tristeza se agiganta,
Me submete ao seu poder,
Triste melodia,
Essa, que o mar canta,
Tristeza projetada na tristeza,
Agora, se transmuta em agonia,
Horizonte cinzelado, restrito.
Ah! que vontade de enlouquecer,
De me perder nas ondas ativas,
Como um velho barco a deriva,
De um lado pro outro, marítima estranheza.
Mas, logo desisto, retomo o eu remisso,
Humanamente submisso, sou lúcido demais para isso.
- - - - - - - - - - - -
DESPRENDIMENTO
Bem que às vezes dá vontade,
de deixar tudo, ir embora
por aí, sem ter destino,
e dar asas ao menino,
que vive dentro de nós.
Porém não estamos sós,
temos mil obrigações,
que nos prendem, acorrentam
à dura realidade,
por isso muitos nem tentam,
impossível dar o fora.
O jeito é aguentar,
fazer versos, poesias,
esquecer a nostalgia,
e voar no pensamento
aproveitando o momento,
que chega sem dar aviso,
mas nos mostra o Paraíso.
(HLuna)
Triste porto de mar,
Triste eu, a divagar,
A lançar palavras ao vento,
Solitário comportamento,
Triste vento que se arrasta,
Com o peso das minhas expressões,
Triste correnteza,
Triste estado, que me gasta,
Corta as asas, limita as ações,
Triste grito que sai da garganta,
Quanto mais eu grito,
Mais a tristeza se agiganta,
Me submete ao seu poder,
Triste melodia,
Essa, que o mar canta,
Tristeza projetada na tristeza,
Agora, se transmuta em agonia,
Horizonte cinzelado, restrito.
Ah! que vontade de enlouquecer,
De me perder nas ondas ativas,
Como um velho barco a deriva,
De um lado pro outro, marítima estranheza.
Mas, logo desisto, retomo o eu remisso,
Humanamente submisso, sou lúcido demais para isso.
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DESPRENDIMENTO
Bem que às vezes dá vontade,
de deixar tudo, ir embora
por aí, sem ter destino,
e dar asas ao menino,
que vive dentro de nós.
Porém não estamos sós,
temos mil obrigações,
que nos prendem, acorrentam
à dura realidade,
por isso muitos nem tentam,
impossível dar o fora.
O jeito é aguentar,
fazer versos, poesias,
esquecer a nostalgia,
e voar no pensamento
aproveitando o momento,
que chega sem dar aviso,
mas nos mostra o Paraíso.
(HLuna)