Não me peça mais perdão...

Eu vou te confessar o meu grande defeito.

Você não merece, mas ainda vive no meu coração.

Você é a dôr latente no meu peito.

Resultado dos teus êrros e do meu perdão.

Você se acostumou a ir e voltar.

E eu me acostumei a sofre por tí, chorar...

Eu deixei o tempo tomar conta das nossas vidas.

E assim foram aparecendo as feridas.

O meu peito cansou de te aconchegar, te aquecer.

Você não vái mais me fazer sofrer.

Eu sei que vou sentir tua falta, sentir saudade.

Mas eu vou acabar com esse amor que me invade.

Eu vou sanar essa minha loucura, esse devaneio.

Nem que eu parta o meu coração, ao meio.

Vái ser assim, tem que ser assim.

Tudo o que eu comecei, vou ter que colocar um fim.

Vou seguir uma nova vida, um novo caminho.

Não me importa se acompanhado ou sozinho.

Eu tenho tanta vida em mim, eu vou viver.

Esquecer do tempo em que eu só queria morrer.

Por sentir tanto a tua falta ao meu lado.

Por ter cometido o meu grande êrro, este pecado.

Então... não me peça mais perdão.

Não dá mais para te perdoar.

Pois você vái continuar a me trair, me enganar.

É tarde demais para falso arrependimento.

Você foi banida totalmente do meu pensamento.

Nada me fará mudar...

É tarde demais...

Não me peça mais perdão...

Manaus, 16 de setembro de 2015.

Marcos Antonio Costa da Silva