ENQUANTO CHOVE

Tempo chuvoso, tempo escurecido,
Tons que entristecem o olhar,
Deixam-no limitado, perdido,
Sem um horizonte poético para contemplar.

O vento dança, balança os arvoredos,
Ressoa, voa perdido também, sem escala,
Parece levar consigo, angustiantes segredos.

Vento estranho; estranha a minha identidade,
Envolvida por uma intensa, obscura saudade,

Que se multiplica, soberanamente, me embala...

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NÉVOA 

Ando pela rua, sem ver onde piso,
sinto frio, estou molhado,
quisera encontrar teu sorriso,
pra sentir-me abençoado. 

Sozinho, andando a esmo,
nada vejo em meu futuro,
me perdi foi de mim mesmo. 

Vem estrela, estrela guia,
o meu caminho alumia. 

Me tira deste breu escuro.

(HLuna)