O triste fim

Na briga pela hora

Na esperança pelo dia

No suspiro derradeiro

A esperança de não tê-lo

A sensação do fim se aproxima

Sobe no lugar do sangue pela artéria

Num sopro o suspiro ultimo por direito

Sensação de torpor

Ultrapassa a finitude da vida

Preciso empacar a investida da morte

Ingrata, maltrata-me

Agarro-me aos laços invisíveis do resto de ser

Não os vejo, quero alça-los e retornar

Ter a participação nos lucros

Ver o carro zero saindo da fabrica

A TV, o celular de ultimo tipo

As crianças brincando no parque

Os pássaros anunciando o amanhecer

Ou simplesmente ver a noite azulada da primavera

E a gota de orvalho caindo no chão

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 27/09/2014
Código do texto: T4978660
Classificação de conteúdo: seguro