Perdão, Mãe.

Quem eu tanto a

deprecio...

Perdoá-la?... Não sei se

vou.

Se, dáquem inoportuna

hora,

Saiu do ventre que

outrora,

Teu ventre o

desprezou.

O ódio que em mim

aflora,

É de um feto, não de um

filho.

Pois um feto não sente

afeto,

Por quem pariu um

feto,

Sem afeto pelo

filho.

E como apagar do

passado,

Essa nódoa que ainda

vive?

Pois não vejo de outro

jeito

Se, negou-me de seu

peito,

O amor que eu não

tive.

Porém não levo

remorso...

Da vida ou aquém

sou.

Pois de nada adiantaria

agora,

Arruinar o que há lá

fora,

O pouco que sequer

restou.

Por isso vivo de

galho

Em galho tantos que já

tentei.

E, se nada advir, porem

reflito,

Um alívio bradará no

peito:

Tentei! Tentei!

Tentei!

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 20/09/2014
Reeditado em 25/09/2014
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