Eu me livrei...

Ela foi embora, saiu da minha vida.

Saiu, não se despediu, nem olhou para tras.

Não me deu chance do último abraço, nem de defesa.

Nem quis ver minhas lágrimas, no meu rosto.

Apenas foi embora e me deixou cercado de dôr e solidão.

Eu não sabia pensar, respirar, com um aperto no coração.

Fiquei sem saber como escolher um nôvo caminho.

Olhava para um lado, nada, pro outro, nada também.

Eu descobrí que fazia tempo que eu vivia sozinho.

Apenas existia de um lado só, o amor.

Do outro lado, existia muita ilusão.

E foi assim que eu comecei a gostar mais de mim.

Comecei a me livrar da solidão.

Comecei a me livra da ilusão.

Me livrei também da traição, da mentira, da discórdia.

A falsidade me deixou em paz.

Passei uma borracha na minha vida.

E vivê-la daquela forma, nunca mais.

Eu descobrí que com aquela separação.

Estava livre para um nôvo amor, o meu coração.

Às vêzes quem não te ama, só atrapalha.

Mas os teus olhos, não vêem isso.

Mas o tempo conserta, cicatriza, corrige.

E depois de preenche com sabedoria.

É só você ter forças e acreditar em sí mesmo.

Assim, você se livra de um falso bem...

Que só te fêz mal...

E foi perdendo um falso amor...

Que eu me livrei da dôr...

Eu me livrei...

Manaus, 19 de setembro de 2014.

Marcos Antonio Costa da Silva