BALA PERDIDA!

Ao correr meus olhos
Por aquele quarto gelado
Lembrei-me de um tempo
Em que éramos felizes!

Restam-me hoje, apenas muitas saudades
E uma vontade infinita de sentir de novo
O calor do teu corpo no meu abraço.

Bendito sois vós em minha vida!

Vejo-te ainda rebento
Eu, chorando de tanta alegria
Na magia do teu nascimento.

Bem diferente de um tempo recente- bala perdida
Onde a cena manchada de sangue
Que por assim agora, invade meu pensamento...

Vejo-te tão jovem, menino ainda, dilacerado o ventre
Indo embora assustado no choro de meu lamento
Em tê-lo perdido para todo o sempre. 




Dedico este texto a todos os pais que perderam seus filhos(as),
e que hoje, vivem aprisionados na inconseqüência de uma bala perdida.






 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 18/05/2007
Reeditado em 22/11/2018
Código do texto: T492047
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